O inconsciente tem implicações no corpo e na formação do discurso deste. O tipo de vinculação subjectiva que o sujeito apresenta em relação ao seu corpo tem pode ter uma acentuada influência sobre as condutas alimentares deste.
A psicanálise marca a distinção entre o corpo como organismo biológico e o corpo designado pela linguagem. A experiência do sujeito em relação ao seu corpo dá-se pela via do significante que é responsável pela organização da relação do sujeito com a imagem do seu próprio corpo e a partir daí, as relações com as imagens dos outros indivíduos e dos objectos da realidade. Pelas as razões expostas, é de extrema importância ouvir como o paciente nos fala do seu corpo, qual a possível relação que a obesidade mantém com a sua história de vida, as implicações para esta e o que esse paciente pretende para além da perda de peso, tendo em conta que significantes como ganho e perda possuem referências diferentes para cada indivíduo.
Ao utilizar a psicanálise como ponto de referência da psicoterapia para intervir na obesidade está-se a tratar o corpo não como um organismo mas como algo que fala e obtém prazer, um corpo governado por uma entidade psíquica. Isto significa que não se lida com a dimensão do facto, ou seja com a obesidade (o corpo obeso) mas com a relação do sujeito com o seu corpo e as consequências desta para a vida. São usados métodos psicológicos como a confrontação, clarificação e interpretação. A capacidade de introspecção por parte do paciente assim como empatia por parte do psicoterapeuta e o recurso a noções Freudianas como a transferência e a contratransferência são fundamentais. É de extrema importância analisar a possível existência de conflitos emocionais, problemas sociais, distúrbios nas relações de objecto, problemas separação/individuação especificamente no estádio do objecto transicional (noção introduzida por Winnicott) resultando por conseguinte numa fixação narcísica no seu próprio corpo à custa da utilização de objectos externos, nomeadamente os alimentos. Por tudo o que foi exposto facilmente se conclui que os objectivos das psicoterapias psicanalíticas ou de abordagem analítica ou de orientação dinâmica não se resumem a provocar mudanças no corpo do paciente mas sim a mudar a relação do sujeito com o seu corpo, a criar as condições necessárias para que o sujeito se depare com aquilo que lhe é estranho e ao mesmo tempo familiar, o corpo que” habita”.
A psicanálise marca a distinção entre o corpo como organismo biológico e o corpo designado pela linguagem. A experiência do sujeito em relação ao seu corpo dá-se pela via do significante que é responsável pela organização da relação do sujeito com a imagem do seu próprio corpo e a partir daí, as relações com as imagens dos outros indivíduos e dos objectos da realidade. Pelas as razões expostas, é de extrema importância ouvir como o paciente nos fala do seu corpo, qual a possível relação que a obesidade mantém com a sua história de vida, as implicações para esta e o que esse paciente pretende para além da perda de peso, tendo em conta que significantes como ganho e perda possuem referências diferentes para cada indivíduo.
Ao utilizar a psicanálise como ponto de referência da psicoterapia para intervir na obesidade está-se a tratar o corpo não como um organismo mas como algo que fala e obtém prazer, um corpo governado por uma entidade psíquica. Isto significa que não se lida com a dimensão do facto, ou seja com a obesidade (o corpo obeso) mas com a relação do sujeito com o seu corpo e as consequências desta para a vida. São usados métodos psicológicos como a confrontação, clarificação e interpretação. A capacidade de introspecção por parte do paciente assim como empatia por parte do psicoterapeuta e o recurso a noções Freudianas como a transferência e a contratransferência são fundamentais. É de extrema importância analisar a possível existência de conflitos emocionais, problemas sociais, distúrbios nas relações de objecto, problemas separação/individuação especificamente no estádio do objecto transicional (noção introduzida por Winnicott) resultando por conseguinte numa fixação narcísica no seu próprio corpo à custa da utilização de objectos externos, nomeadamente os alimentos. Por tudo o que foi exposto facilmente se conclui que os objectivos das psicoterapias psicanalíticas ou de abordagem analítica ou de orientação dinâmica não se resumem a provocar mudanças no corpo do paciente mas sim a mudar a relação do sujeito com o seu corpo, a criar as condições necessárias para que o sujeito se depare com aquilo que lhe é estranho e ao mesmo tempo familiar, o corpo que” habita”.
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